Que meu nome seja Esquecimento
Como Borges tantas vezes desejou,
Ao mármore aquilo que não sou;
O livre logro do tormento,
Da unanimidade que se afogou
Retiro as amarras do intento,
Este, que não torna isento
O homem da amargura que criou,
Entre a procissão e o desconforto
Dos impasses deste aborto
Transubstancial resta apenas
A chance que já nasce perdida,
A telúrica volta é ardida,
Pois as suas revoltas são obscenas.