segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma Canção Para Erebus

Eu celebro o equinócio dos meus erros
Através de mais esta liturgia refugada,
À Lâmia dedico o cantarolar de mil enterros
Pois, este ensejo tem gosto de saudade estragada,

E, distância após distância, a doença faz comunhão,
Da porfiria afonética que colore minha alma
A neoplasia sinestésica desta poesia trauma,
Eu sangro pronomes neste ritual de extrema-unção.

"Seria uma espécie de hábito distorcido,
Eu cantar tudo que poderia ter sido,
Com navalhas atreladas ao corpo retorcido?"

Para o vazio da imensidão que há em mim,
O corolário é o mesmo, ultrapassado e sem fim,
Afinal, a sordidez da tristeza é sólida... Enfim.

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