segunda-feira, 4 de julho de 2011

Diárido

Digo-lhes: a tanatologia dos meus versos
É um tipo de suicídio justificado
Que promove o túmulo glorificado
Da vida colocada em âmbares dispersos,

Assim, a ultrafatalidade segue seu comboio,
-São fúnebres os passos da negação-
Destaco aqui os demônios da civilização
E o mal estar... O pilar de apoio

Das agruras da existência neste lodaçal,
Onde o ser confunde-se com entretantos,
Hiatos da respiração sempre em prantos,
Aprisionados nesta eutanásia transubstancial.

Contudo, o medo segue hirto e insepulto,
Pois o mistério da vigília é pitagórico,
Circunferencialmente escuro e alegórico,
Faz da eternidade apenas mais um tumulto.

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