domingo, 27 de maio de 2012

O Lamurio da Esperança

"Devem estar ainda em algum lugar as pobres coisas"
Konstantinos Kaváfis. O Sol da Tarde

Eu trago o passado em sufusão
Tentando existir des-integrado,
Porém, novamente sou tragado
Pela bestialidade desta invenção,

A endocardite e seu intento
Atestando o asco espectral,
Todo suspense é residual;
Eis a macropia do lamento.

Entre a tormenta e o túmulo,
A indiferença atesta o acúmulo
De tantas sombras nesta alcova,

Em tudo o que foi prometido,
Certamente poderíamos ter sido,
Contudo, a rachadura se renova.

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