segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um Punhado de Versos Fúnebres Para Josef K.

O eco dos dias tem o mesmo nome
E a mesma insígnia como maldição
Quando o que resta é a degradação
De tudo aquilo que, em mim, não dorme

Eu transformo o transtorno em noite
Dialogando com a apatia magentamarelada
A cada [g]rito uma nova e indigesta morada
Assim prossigo. Inerte após mais este açoite

Cada traço meu é hediondo por natureza
Apregoa as mazelas que corroem com destreza
Tudo aquilo que sepultei junto ao vento

São tantas mágoas costuradas sem enredo
São tantos vermes nesta carne sem segredo
Que, uma vez mais, eu apago meu intento.

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