domingo, 2 de janeiro de 2011

Escrita Inferior

Os meus versos são o preâmbulo
Para a discórdia que há entre
Os dias, as escamas e o ventre
Da verdade deste pacto sonâmbulo,

Se eu pudesse, fugiria das mil elegias
Que me elegem, tornando-me metalepse
De tudo aquilo que corrói e emudece
Este lirismo cansado de tantas alergias,

Quando a maldição não possui um nome,
O comboio para a dor segue conforme
Os novecentos e noventa e nove infernos,

Pois aqui a insígnia da alegria não figura.
O que me resta, senão As Montanhas da Loucura
E toda ancestralidade dos gelos eternos?


Primeiro poema do ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário