quarta-feira, 3 de março de 2010

Ditirambo Para a Saudade e Seus Erros

Da legião dos meus demônios congregados
A este exorcismo indevido e sem comunhão,
Propago um obscuro mundo de poemas estragados,
Para a Ausência que me corta com precisão,

É nesta analogia fria que vomito meu leito,
O pleonasmo dolorido aplaca qualquer feito
Pois sou análogo à cor de todas as cores,
Sigo ramificado e sem odor nestas flores

Maquiavelicamente estéreis, e não há liturgia,
Não há sinergia que aplaque tal cirurgia,
Em meu peito trago o vazio avulso em curso,

Devidamente fortificado nesta forca verborrágica,
A força negra da minha catacumba é trágica,
Propicia altivez ao regresso impuro do meu discurso.

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