terça-feira, 29 de março de 2011

Uma Carta Para Julliete Cell

A minha escrita é crua
Dança o gole da vertigem
Que os ditames do silêncio exigem
Conquanto a verdade en-si-nua

Este ossuário praticado em miudeza
Atrelando à alma apenas a pergunta
Da caosmogonia que não -mais- junta
O signo prevaricado e sua frieza

E eu admito ser em ti a catacumba
Daquilo que foi um dia profilaxia
Para a apatia que hoje asfixia
As reminiscências que dormem sem tumba

Eu espero o mesmo sorriso anêmico
Daquela moça que um dia me apagou
Do seu diário, pois apenas sou
O ensejo inócuo, mitigado e mnêmico.

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