As anomalias do meu cérebro,
Resguardam tal qual Cérbero,
Todo inferno neuronal deficiente,
Que congrego, mais uma vez, doente,
A este assomo poético inexperiente,
De caráter goético e inexistente.
Pois meu sangue lírico é agramatical,
Um corpo sem signos, errante e espectral,
Que repete a dicotomia da tristeza,
Frente ao descaso, com assombro e destreza.
“Se retrato a vida funesta como beleza primeira,
Certamente sou o monstro da Moral rameira.”
(...)
E assim meu esqueleto segue amargurado,
Porém sem medo de ser o último significante representado,
Nestas Memórias Póstumas destinadas à deterioração.
Afinal, a morte tem a própria morte como redenção!
MARX E ECOSSOCIALISMO
Há 2 anos
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