Sou um livro morto
Sem gravura ou esboço
Não possuo página nem rosto
Meu sumário é escuro e oco
Apenas insetos habitam meu corpo
Póstumo, vazio e fosco
Eis a tríade do desgosto
Sangrada da garganta até o dorso
Com gosto,
Cada capítulo representa um osso
Perdido pelo ausente
Exposto em notas
Costuradas da alma até o fosso
Das idéias intermitentes
Edificadas pelo esboço
De minhas falhas existentes
Eis a contracapa: A morte do esforço.
Afinal, sou um livro morto.
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Este poema estará no meu livro "Poemas Noturnos", dizem as más línguas, ou as boas, que ele sairá em Novembro.
As vezes
Há 8 anos
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