quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Meus Demônios

Mais uma noite eu preciso acalmar meus demônios
Sangrando culpa pelo ofício da escrita
Em cada orifício meu me ocorre esta maldita
E eu tento amargar suas manchas com amônio

Contudo, cada marca é profundamente aflita
Sânscrita com fonemas em meu corpo
Sou enfermo por excelência da vida
É mais que sintomático todo este desacordo;

Eu e a mesma sintaxe repetida,
Da complexidade ao estudo do que é escroto
Aqui é onde toda procura [minha] fica retida,
Já não há mais tinta para tanta ferida,
E Mesmo assim o verso continua seu comboio:

-Assegurar a mais prolixa condição para o desconforto.

Por vezes, dói apenas estar vivo
Pois me sinto perseguido neste hospício
São tantas palavras masturbando meu vício
Que

(...)

Eu sou meu próprio manual de autosacrifício.

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