Antes mesmo de adormecer
A fobia destes olhos
Encarcera-me de modo abissal
Tal qual A morte de Abel
Descrita num quadro vertiginal
De paisagens ocras.
E deito-me neste leito
Generoso ao fracasso
Ante o céu e suas pragas
Vejo-me escondido
Vejo-me esquecido
Repetido entre as lacunas
De dias não existidos.
E pelas córneas trêmulas
Uma noite denuncia suas verdades
Aos prantos atiro lâminas
Ofuscando veias gastas.
Então divago,
A porta entreaberta
O cadáver putrefágico
Um destino trágico
É a sina do poeta.
Abro o livro dos fracassos
E As palavras purificam-se
Cada qual por si só
Como um castigo premeditado
Estátuas de sal
[Compactuando]
A beleza natural
Dos erros de Gomorra.
Poema antigo, escrito lá pelos idos de 2006.
Não lembro a data exata, pois penso -humildemente- tal qual Quintana: "Teus poemas, não os dates nunca..."
MARX E ECOSSOCIALISMO
Há 2 anos
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