segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Poema Fantasma

A paramnésia concomitante da saudade,
Frasco a frasco me apaga desta cidade,
E este punhado de memórias retalhadas,
Reflete, distorcido, as derrotas entalhadas

Que trago, ausente, em meu peito.
O pleito daquilo que não é, e o efeito,
Da amnésia à que fui resignado,
Refratam apenas o signo sujo e estagnado,

Dos Méritos que pude e não tive,
Das minhas noites rubras em declive,
Dos lugares que eu fui e não estive.

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