"E eu, somente eu, hei de ficar trancado
Na noite aterradora de mim mesmo!"
Augusto dos Anjos. Trevas
A minha escuridão é plena e ilustrada,
Figura as marcas da razão desidratada,
Deste animismo opaco e oblíquo ao desatino
Que vela a melodia destrutiva do meu destino,
A compulsão é o fracasso que carrego eloqüente,
Da esperança tácita que transpiro descrente
Ao bosque negro que dá forma a esta ausência
Em meus sonhos, o corte é a ordem da ambivalência,
E uma vez mais sinto a velha posse postergar,
As melodias que, com pus, insistem em apregoar,
Desgraças lúdicas em meus passos desconfigurados,
Pois o mesmo fantasma rompe a noite vencida
Recitando esta sina que já floresce amanhecida,
Eu congrego a romaria de todos demonios amargurados.
MARX E ECOSSOCIALISMO
Há 2 anos
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