Eu canto aquilo que não pude,
Esperando aquilo que não vem,
Do rosto olvidado que convém,
A este convi-ví-cio sem virtude,
O resigno ao meu sepulcro é entoado,
Sangra o cântico categórico do Passado,
Eis a velha liturgia da letargia malograda,
Os mesmos edemas, a mesma via desgraçada,
Para o medo que não afasta esta falha,
Para o abrigo das minhas pragas em mortalha,
Quando a ausência congrega-se fazendo comunhão,
É, pois, o fracasso afiado e insistente,
Que na minha súplica medíocre e descrente,
Reitera a incompletude apenas por diversão.
MARX E ECOSSOCIALISMO
Há 2 anos
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