A similitude entre a falta,
E o que machuca me assalta,
Neste mundo distante e astigmático,
Onde a verdade tem gosto monocromático,
Eu me situo na sombra da minha dor,
Para tentar olvidar, dos ossos, o odor,
De existir postumamente. Asmático e descrente,
Em notas feitas com o sangue escuro e ausente,
Da solidão que não possui mais rosto,
Apenas respiro [entre catacumbas] o gosto,
Amanhecido e incauto do desespero,
Pois trago atrofiado ao corpo o exaspero
Da derrota. Se Escrevo com a alma condensada,
-Dos nervos vazados a esta valsa condenada-
Por que faço destes artigos repetidos,
A mesma liturgia para os edemas [não] esquecidos?
Acabei de escrevê-lo...
As vezes
Há 8 anos
Engraçado, não tenho astigmatismo, mas sofro de asma e tenho medo da solidão.
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