A palíndrome execrada destes versos
É desconvexa. Alucina-[d]a-mente em berros
Propõe à antropofagia um belo trago,
Pois, do escarro ao escárnio é o que trago,
Entre-linhas tantas, costuro na garganta,
O posto sem rosto do gosto daquilo que não espanta.
E da aliteração à obliteragem, sumo na paisagem
Cinza-inóspita desta vida sem ida, a passagem
Não tem volta. Nem escolta. Só-e-mente,
Corta, repetindo o artigo descrente,
Da velha des-crença, im-pressa na aorta,
A antítese sem forma da fôrma que orna a porta,
Está exposta.
Enfim, em mim
T A L V E Z
Uma resposta. Re-posta no papel que já não é
Nada mais que um saudosismo submisso e sem fé.
As vezes
Há 8 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário