quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Introspectivo. Demasiado Introspectivo

Introspectivo. Demasiado Introspectivo

“... este é um livro póstumo... escrito para os de espírito livre..."

Esta hidrocefalia não é tão acidental,
Veste minha virtude com certa liquidez proposital,
Se minha epanalepse é amoral, por que insisto
Em criar mais este verso onde não existo?

Eu desconstruo as palavras, ora por gosto,
Ora por não ter um rosto. Mais uma vez,
É a ínfima congruência que me escala,
Do medo e suas larvas. Meu caixão continua exposto,

E eu sigo sem entendimento, minha doença
É o confinamento de tantos e tantos poemas
Que não possuem destino, ouvinte ou crença,
Em meu calabouço mental, eis a cerebrastenia e seus emblemas.

Eu sou sempre meu assunto sem final,
E a anartria nunca é especial, principalmente
Quando me encontro nesta sala, inerte e descontente
Com a celebração da minha cerebração, tão insuficiente
[para o velho espelho de sempre]

- E assim prossegue a maldição.

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