Eu existo análogo à existência,
Persisto pelos ossos da tangência,
Respirando a rouquidão da minha alma,
Em troca da ilusão que traz a calma,
Pois minha vida é simplesmente afasia,
Repetidos anátemas frios e sem melodia,
Da falha corriqueira à prisão da fala,
É a inalcançável realidade que me cala,
Perpetuamente, e me coloca defronte,
À eterna falta, uma dívida sem horizonte,
Que guia minha psique direta ao Aqueronte,
E eu não sei em qual degrau sucumbirá,
A Minha vontade. Talvez o que triunfará,
Será apenas o canto macabro de Caronte.
As vezes
Há 8 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário