Uma Canção Desastrosa
Sou o substrato da fuligem nua
Que compõe a métrica vazia desta rua
Pois a dúvida nasce, novamente, aborrecida
Em meus nervos de tonalidade adoecida
E são sempre as mesmas palavras assombradas
Que eu enfileiro nestas linhas empoeiradas
Para a problemática eterna que me sustenta
É, pois, a tristeza é maior que aparenta
Ser, nestes fragmentos dedicados a não existência
De lápides para o que enterrei com veemência
Talvez por isso ainda existam espíritos tortuosos
Aqui ao meu lado, sussurrando dizeres viscosos
Sobre a vida errante e nefasta que me corta
Quando a noite nasce e o desespero bate à porta
Não há rito ou liturgia para a ínfima cosmogonia
Que conduz a dialética insuficiente da minha agonia.
MARX E ECOSSOCIALISMO
Há 2 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário