segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Altum Sapere Pericolosum

Altum Sapere Pericolosum

Eu me transformo nos meus próprios erros,
Numa espécie de Licantropia mal calculada,
A personificação que retrata o medo,
E rasga a carne indigesta e putrefada,

Do meu anseio, alimentado com vértebras estragadas,
Pela esperança de sonhar sem ter as asas queimadas;

(...)

Eis a condição da realidade e seu enredo,
Propício à incerteza dos acontecimentos,
Afinal, sou, pois, o Poeta do Esquecimento,
Das doenças, do corpo humano em detrimento,

E assumo minha posição.
Desconstruo a poética,
Cravando no peito
A mesma canção corroída,
Que desmembra morfemas
E amortece a dialética,
De forma dolorida,
Procurando o sintagma do coração;

Para tanto é necessário mais que um enterro,
Por isso eu sou sempre o meu próprio erro.

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