quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Um Relato

Um Relato

Os meus livros me assombram
Numa tríade específica de transtorno
Que edifica e concede ao meu abandono:
Lápides, covas, carne podre como conforto,

Para a ausência e sua fome
Por uma veemência sem pretérito,
Onde o sacrifício reside no espelho [conforme]
Eu sigo respirando espinhos apenas por mérito.

Outras motivações não mais me assolam,
São as pequenas considerações que me esfolam,
Pois minha verdade é apenas...
Vontade sobre vontade,

De repetir sempre os meus problemas
Dissecados num corpo sem fonemas
Que não, não mais se confrontam...

É, pois, meus livros me assombram.

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