"Era uma página espantosa do registro de minha existência, toda escrita com sombra e com medonhas e initeligíveis recordações"
Berenice. Edgar Allan Poe
Paráfrase Para uma Tarde de Inverno
Um diálogo sombra a sombra
Eis o que proponho
Para o gosto enfadonho
De visitar o que me assombra
Dos cortes de cada poema
Que insisto em não recitar
Às dores da minha escrita-enfisema
Nesta sala fria e singular
Eu traço diagramas sem fala
E é o vazio que me escala
Esfolando minha alma oca
Quando os dentes escapam à boca
O terror é análogo àquele odor
Da mesma moça morta, lá no canto
Que, para meu total espanto,
Emana um fantasmagórico calor!
-Abruptamente, quando abro este livro esquisito,
Por um breve momento eu esqueço que não existo.
Escrito neste exato momento.
MARX E ECOSSOCIALISMO
Há 2 anos
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